quarta-feira, 6 de abril de 2011

Currículo Oculto

Em reportagem veiculada pela Revista Nova Escola, edição 2, de 13 de junho de 2008 foi publicada uma crítica àqueles professores que se usam tempos destinado às atividades de ensino, em sala de aula, para realizar comemorações relacionadas às efemérides. Logicamente, não podemos ser tão radicais a ponto de desvalorizar o papel das efemérides para a construção de valores sociais (são efemérides as datas comemorativas nacionais ou regionais, bem como dias cívicos e outras datas especiais,como dia dos pais, das mães, páscoa, etc...). Talvez a forma como elas serão abordadas pela escola e pelo professor é que devem ser planejadas e objetivadas. Um dos maiores avanços da pedagogia atual é considerar as experiências vivenciadas pelos alunos para a construção do conhecimento, nas áreas cognitivas, afetiva e psicomotora. As experiências dos alunos, logicamente, são intrínsecas ao contexto historicossocial em que eles vivem.
Ao valorizar trabalhos extracurriculares relacionados à essas comemorações, os professores, de um modo geral, estão se valendo do currículo oculto, existente no currículo de cada escola, de acordo com os objetivos gerais daquela sociedade, destinado à incorporação de valores históricos e sociais ao futuro cidadão.
Dessa forma, a comemoração de datas festivas e de outras efemérides, tanto nacional como regionais, desde que bem conduzidas pelos docentes, servem para que o jovem entenda a sua realidade historicossocial, dando-lhe a possibilidade de realizar uma reflexão sobre a sua realidade vivida e, assim, valorizar a sua história e a sociedade onde está inserido.

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